Os 3 Pilares - KATA
Opa, pessoal. Hoje vou explicar brevemente 3 conceitos, sendo que um será mais bem explanado, e os outros dois serão aprofundados em posts separados por questões de complexidade e melhor organização das informações. Enfim...vamos falar mais sobre o KATA e sua prática.
Os 3 pilares são as colunas que apoiam o aprendizado e ensino do karatê-dô, e são conhecidos pelos termos kata, kihon e kumite. De forma sucinta elenco aqui as definições citadas pela organização JKA (Japan Karatê Association – Brasil):
“A fundação do Karatê é o kihon (técnicas básicas), o kata (formas), e no kumite (luta)”. Sobre estes três repousam todas as técnicas, toda a velocidade, toda a força e todo progresso no karate. Eles são essencialmente “um”, e devem ser estudadas como “Um”: sem as técnicas básicas do kihon, nem pode haver kata nem kumite. Do mesmo modo, separados do kata, kumite é simplesmente movimentos sem pensar, imaturos com o conhecimento que vem da aplicação. Por último, kumite sem kata perde a característica da agilidade e pouco esforço, inerentes a suavidade do Karatê. “Kihon é kata é kumite".
Definição do KATA. Gotuzzo Tagnin em seu livro “O Verdadeiro caminho do Karatê” cita o kata como “seguimento de movimentos de karatê codificados, executados na mesma maneira e nas mesmas direções.” É um kihon encadeado em várias direções com vários graus de diferença na dificuldade dos movimentos.
Sensei Kanazawa em seu livro “Guia prático do Karatê”, define com as seguintes palavras: “Um kata é uma série predefinida de técnicas ofensivas e defensivas, que é realizada individualmente contra vários adversários imaginários.”
Kata GojuKai, Genkaku, por Goshi Yamagushi.
Pode ser que vendo o vídeo acima, a impressão que fica para os iniciantes ou desconhecedores da arte, é que se parece com uma dança com golpes de luta.
Para esse tipo de pensamento ou conceito cito uma explicação retirada do regulamento de competição de karatê WKF (World Karate Federation ), o que de fato deve se entender pela execução do kata.
“Kata não é uma dança ou uma representação teatral. Ele guarda os valores e princípios tradicionais. Deve ser realista no que se refere ao combate e demonstrar concentração, força e potencial de impacto de suas técnicas.”
Um ponto interessante para você que inicia a prática do karatê e muitas vezes não compreende em sua totalidade determinadas passagens e aplicações de um kata, #Fica a Dica, conforme citação de Gotuzzo:
“Muitas vezes certas passagens dos Katas, parecem de pouco efeito se aplicadas num combate real, e que certos bloqueios são lentos. Sabemos que tudo isto pode encher de suspeitas o espírito daquele que inicia. Jamais um kata é entendido a fundo, a não ser por um mestre. O belo está em procurarmos os limites do incompreensível, a razão de nosso progresso, e somente mais tarde vemos que certas evoluções para nós estranhas tem um sentido pré-estabelecido.”
Se analisar a citação em sua forma pura, podemos entender em mais um ponto que karatê, é trabalho, repetição constante, buscar a inteligência marcial para entendimento dos movimentos e combinações técnicas, paciência e muita perseverança. São com o tempo e prática, que serão colhidos os frutos do incansável, doloroso e repetitivo treinamento em busca do conhecimento e técnica aprimorada. Além de tudo, isso é a combinação perfeita de conectar numa só pratica mente, corpo e espírito. A mente é treinada para entender e compreender as sequências e combinações, o corpo treinado para execução correta da técnica e das bases, e o espírito treinado para se manter vazio do que é externo e cheio de garra e coragem para executar um bom combate consigo mesmo.
Mas essa é a parte bonita da prática do kata, temos também alguns pontos que definem a parte técnica e que muitas vezes definem uma boa execução de um kata... Alguns pontos, vou citar partindo das regras WKF, por exemplo, fundamentos de acordo com o estilo praticado. Resumindo, esses fundamentos são os detalhes técnicos de postura, base e execução de movimentos de acordo com as características de cada estilo qualquer que seja Goju, Shotokan, Shito-Ryu, etc.
Mais alguns pontos... Base correta, execução de movimentos, chakugan (olhar fixo, concentrado no oponente), tempo de execução das sequências dos katas, Kime ( impacto na aplicação da técnica ), e segundo citação de sensei Kanazawa, se atentar aos 3 aspectos críticos citado por ele: a contração e o relaxamento muscular, a expansão e contração do corpo e a velocidade com que as técnicas são executadas. O embusem, ou linha de atuação, dita o padrão global de movimentos únicos para cada kata. E mesmo após a finalização do kata, é necessário manter um estado de preparação física e mental, chamado zanshin.
Embusen.
Bom essa foi uma breve, porém quase que completa, explicação sobre o que é o kata, como devemos enxergá-lo na sua prática e qual a expectativa de tempo para se entender um kata, ou seja, a vida inteira. O que importa é saber que mesmo repetindo e repetindo diversas vezes, praticando as mesmas técnicas diversas vezes, vamos manter o aprendizado e conhecer algo novo, ainda que fazendo o mesmo. E melhor, melhorar o que fazemos, executando muito do mesmo.
Portanto paciência e perseverança sempre! OSU!
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